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Dissonância, ritual e caos transcendental
O coletivo húngaro Paragon Zero retorna com OMASS, um trabalho que redefine os limites entre o black metal esotérico e a brutalidade dissonante do death metal. Carregado de atmosferas opressivas, riffs tortuosos e uma abordagem ritualística, este álbum evoca sensações de êxtase e desorientação, conduzindo o ouvinte a um estado de transe sombrio.
Desde os primeiros momentos, OMASS apresenta um som denso e avassalador, onde guitarras abrasivas criam texturas labirínticas sobre um alicerce rítmico tribal e hipnótico. A estrutura das faixas escapa da previsibilidade, apostando em mudanças abruptas, silêncios sufocantes e crescendos destrutivos que ampliam a sensação de pavor iminente. Os vocais, em meio a cânticos ritualísticos e urros reverberantes, parecem invocações a algo que habita além da compreensão humana.
A produção do álbum reforça sua aura ritualística, combinando um som cru e orgânico com detalhes sutis que emergem em meio ao caos. A sensação é de estar participando de uma cerimônia esquecida pelo tempo, onde cada nota é um chamado às forças ocultas que moldam a existência.
A estética sonora de OMASS o aproxima de nomes que transitaram entre o misticismo, a brutalidade e a experimentação dentro da música extrema. A influência de correntes dissonantes, o peso esmagador das atmosferas ocultistas e a entrega total a um conceito ritualístico fazem deste álbum uma experiência única.
Fãs de bandas como Akhlys, Deathspell Omega, Teitanblood, Grave Miasma e Portal encontrarão em OMASS uma nova manifestação da escuridão, um trabalho que desafia a razão e convida à imersão completa em sua liturgia sonora.
